terça-feira, 21 de abril de 2009

Matilha Urbana

Há muito tempo o ser humano vem domesticando animais. Existem varias teorias que explicam como os cães deixaram de ser selvagens e passaram a conviver em harmonia com o homem. Uma dessas teorias é a de que o ser humano capturava filhotes de lobos para usá-los como alimento, porém, muitas vezes estes se habituavam às famílias e eram domesticados.
O lobo amansado foi se diferenciando do selvagem. Os tamanhos do corpo, cabeça e dentes diminuíram, a alimentação mudou, a pelagem ficou diferente e eles se mostraram como boa companhia para as pessoas. Dessa forma passaram a ser cachorros.
Começaram a caçar com os humanos, e com toda evolução passaram também a guiar ovelhas, guardar as casas ou puxar trenós para ganharem alimento. O mundo foi progredindo e os caninos deixaram de ser avaliados por suas funções, e passaram a ser pela aparência. A busca pela variedade e pela beleza trouxe problemas. Em pouquíssimo tempo o homem impôs a esses bichos mudanças que naturalmente levariam milhares de anos para acontecer.
Para isso muitos seres humanos recorreram ao incesto. Cruzar animais de mesma família ajuda a reforçar suas características. Porém esse cruzamento pode trazer alguns problemas para os animais, já que os defeitos no DNA são mantidos e fortalecidos.
Os melhores amigos do homem estão sempre por perto, sempre tentando divertir os seus donos e os amando. Muitos donos retribuem esse afeto, porém alguns ferem seus animaizinhos ou não lhes dão a devida importância e cuidado.
Cães domésticos se propuseram a deixar a natureza para viver entre nós, e muitas vezes os tratamos com desrespeito. Além do problema genético citado, o número de casos de violência contra esses animais vem crescendo muito.
Quando algumas características de seus ancestrais lobos permanecem, os cães são julgados perigosos para o convívio com os humanos. Então são maltratados ou até mesmo abandonados. Como estão acostumados a uma vida confortável, eles sofrem muito nas ruas, já que não sabem procurar o alimento e sentem muita falta de seus donos.
O comportamento de matilha sempre estará presente em algum ato dos cães. Mas já que eles se dispuseram a estar ao nosso lado devemos lhes oferecer tudo de melhor que pudermos para compensar o bem que eles nos fazem.

Por: Beatriz Vieira

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Prato do Dia: Sofrimento à Moda da Casa

Carne de vitela é um tipo de alimento muito apreciado. É uma carne macia e clara, mas poucos sabem como é o processo que a deixa assim.
No primeiro dia de vida, o bezerro macho é tirado da mãe e trancado num lugar onde não possa se mover. Essa falta de movimento faz com que o animal fique com a carne macia, sem músculo.
A alimentação que substitui o leite materno quase não possui ferro. A falta desse nutriente deixa o filhote anêmico e sua carne fica clara.
Muitos podem achar que não há nada demais nesse procedimento, mas o animal entra em desespero por causa da falta de espaço e de ferro. Muitos comem os próprios excrementos à procura do mineral e criam lesões ao tentarem se mexer. Mas isso não é problema para os produtores, pois eles sempre arranjam uma solução. Os animais ficam mais controlados no escuro, então as luzes são acesas somente para a manutenção do estábulo.
A carne faz parte da alimentação do ser humano. Mas é mesmo necessário tal método apenas para deixar a carne diferente? Quanto sofrimento ainda será causado até termos consciência de nossos atos? Quantos animais serão torturados até que aceitemos que não temos o direito de tratar assim qualquer outro ser vivo?
A falta de informação é a causadora dessa violência. Por isso é preciso conhecer e após isso julgar se é certo ou errado. Vamos mudar nossos hábitos e deixar de frequentar locais que servem carne de vitela (baby-beef). O consumidor tem o poder de escolha e, consequentemente, o poder de acabar com o sofrimento de animais inocentes.
Por: Beatriz Vieira